O ESPERMATOZÓIDE TARADÃO.




O momento da fecundação do óvulo pelo espermatozóide é como se processasse no ventre feminino a repetição da famosa teoria de Big Bang, que explica a criação mundo.
Se aquele momento foi a criação do universo,a fecundação feminina é o particular momento no qual os pássaros cantam, e as flores encantam ainda mais ,no seu desabrochar, as estrelas brilham com mais intensidade e por milésimos de segundos, Deus abençoa aquele encontro de vida e perpetuação da espécie.
Para tanto , por ejaculação do esperma e durante o orgasmo masculino que dura em média dezessete segundos, a natureza permite que o homem ejacule, seja por um simples ato de recreação masturbatória , satisfazer suas protocolares exigências instintivas ou para ter como objetivo o acolhedor útero feminino, por somente dezessete segundos. Seja qual for à intenção, destas ejaculações elas colocam para fora, entre duzentos a seiscentos milhões de espermatozóides , e somente um conseguirá a façanha de penetrar no óvulo feminino, após vencer muitos obstáculos.
Estes obstáculos encontram-se exaustivamente, descritos e explicados em qualquer manual de fecundação humana.











No entanto, você também pode apanhar uma carona neste ônibus.
O que pretendemos abordar aqui é uma sui generis e ficcional situação de um destes heróis espermáticos da fecundação que desde o momento que foi expelido durante aqueles dezessete pouquissimos segundos já mencionado do orgasmo masculino, praticou verdadeiros atos de sabotagem e espertezas dignas do mais experiente dos malandros, para enganar aos milhões de adversários.
Primeiro avisou a todos os outros espermatozóides, que estavam em desabalada corrida ao óvulo que, por razões técnicas inexplicáveis aquela mulher não tinha ovulado como era de se esperar, fenômeno este que se dá o nome de anovulação esporádica. Tal descaramento levou a alguns milhões de espermatozóides de personalidade muito influenciável, que abandonassem a corrida.

Em seguida, o espermatozóide taradão , lançou um novo boato, o de que aquela cavidade vaginal não era original de fábrica e sim, de um transexual recentemente, operado na Suécia, portanto, nada de útero e muito menos óvulo a fecundar.
Esta foi a ducha de água fria que levou todos os outros a pararem e maldizerem aquela inesperada situação.

E livre de qualquer concorrência este taradão continuou sua caminhada até o inevitável momento da fecundação. E por ser um espermatozóide muito esperto , suas características de vigor físico e inteligência genética eram muito acentuadas, pois quem o visse pela primeira vez com certeza o iria classificar como um destes inveterados maníacos com fixação doentia em óvulo e capaz de exigir “preliminares” e “finalmentes” na dança erótica da fecundação que, nenhum outro da sua espécie ousaria pensar em tal fantástica, ousada e diversificada performance, no útero.

Conclusão, a mulher fecundada por este espermatozóide taradão , para a alegria de todas as mídias, espantosa surpresa materna e da equipe médica em ação, além do desespero do pai que estava desempregado, teve naquele parto nada mais , nada menos, do que sêxtuplos.