COMO ERA DIFÍCIL AQUELE SEXO SOLITÁRIO.













O menino Ricardinho no auge de explosão de testosteronas dos seus quatorze anos,
vivia com uma alergia crônica,ofegante, lacrimejando, tosse, espirros compulsivos e afinal, o que era aquilo que a mãe já desesperada e aflita tinha levado a médicos homeopatas, alopáticos florais de Bach, e o escambau e o cara, continuava mal, sempre muito mal.

Mudou-se alimentação que ao invés daqueles torpedos de hormônios de vários andares destes fastfood da vida por uma comida vegetariana a base de soja, sejam os bifes e até rabadas de soja,com arroz integral e saladinhas o que para o garoto era indesejável por causa da rúcula, cebola e berinjela cozida,ou seja um vomitório alimentar que levava Ricardinho a querer morrer, todas as vezes que lhes davam aquele tipo de comida para que ele pudesse sobreviver.
Sua mãe era daquelas mulheres cremosas que, se fosse sorvete estaria sempre coberta de creme chantilly, muito vaidosa e dona de todos os odores contidos nos mais modernos cosméticos colocados à disposição da beleza feminina e que prometiam acabar com rugas de expressão, celulites,estrias e todas as outras mazelas , rejuvenescendo cinco anos a cada três meses de tratamento. Coisa de louco!
Era dessas mulheres cujo casamento acabou na hora de terminar e saia muito, inclusive à noite, e seu filho o Ricardinho que herdara o temperamento do pai , era muito caseiro e passava as noites e madrugadas, em frente ao computador.
Sua mãe vivia dizendo para suas amigas que a internet havia sido a melhor invenção do homem pois, como ainda era uma mulher muito jovem podia sair o dia que fosse e bem entendesse, chegando a hora que precisasse,pois separada do pai de Ricardinho, também precisava viver e que seu filho, ainda filho lhe dava a maior força para que ela se distraísse mesmo, pois ele ficaria esperando sempre em casa, quietinho ao computador jogando seus games preferidos.

Coitado, só que ninguém conseguia curar era aquela maldita alergia que colocava o garoto fora de ação e muito caidinho, sempre!
Numa dessas madrugadas que a mãe chegou em casa, Ricardinho estava desmaiado no chão, nu da cintura para baixo, o corpo cheio de bolotas vermelhas e o mais curioso o pênis do menino parecia uma bola de tênis, gorducho, super inflamado e roxo, o que deixou sua mãe enlouquecida.
Ao olhar para a mesa do computador, enquanto telefonava para o médico, viu ao lado dele um dos seus potes de cosméticos, um creme à base de silicone e mais vinte duas ervas milagrosas que, o fabricante admitia desavergonhadamente, serviria para que a mulher se livrasse das marcas da idade para sempre.

Um creme azulado, brilhante e com um odor fantástico de Jasmim do cabo e qual não foi a,
a sua surpresa ao constatar que o pênis do garoto parecia um céu, de um azul resplandecente e lá estava a prova do crime.

Ricardinho tinha entre as pontas dos dedos e na palma da mão vestígios significativos que tinha usado o creminho da mamãe para facilitar o seu trabalho de prazer solitário que no português direto, seria masturbação, mesmo! Com a chegada do médico e as constatações devidas, Ricardinho foi reanimado e medicado pelo médico que se trancando com ele no quarto e longe da mãe, deu-lhe a última orientação daquela consulta salvadora:
-Ricardinho pára de usar estes cremes venenosos da sua mãe.
-Mas eles escorregam e amaciam muito , fica muito gostoso - ponderou Ricardinho
-Não interessa , você é alérgico a estas porcarias.Quer que seu “amigão” aí, caia?
-Que isso doutor , nem pensar.
-Então, passe a usar vaselina líquida e continuará tendo ele sempre com você e escorregando na hora certa sem maiores surpresas.Aprenda Ricardinho que a felicidade precisa ser tratada com as mãos certas!

A CASA DAS TREPADEIRAS.








Naquela mansão, duas irmãs conversavam sobre a reforma da casa onde moravam.Marilaine e Rosália eram dessas meninas com carro do ano na garagem,poupuda herança garantida, muitos pretendentes , e nasceram para viver a vida, sem limitações.Ambas, gozavam , literalmente os momentos sem nenhuma preocupação no amanhã.
-Rosália, eu estava lendo numa revista de decoração que a última moda é ,na frente das casas, como as nossas, colocar-se trepadeiras elas dão o ano todo, flores lindas.Fica muito bonito!
-Mais uma Marilaine? -Como assim, Rosália.Não entendi esta sua “mais uma”- retruca Marilaine
-Estamos falando de trepadeiras, não é? Então mais uma?- respondeu atrevidamente Rosália
-E qual é a outra Rosália?
-Pô mulher, você não pode ver um homem.Até com meu último namorado você transou. Ele mesmo me falou que foi dentro do seu carro, na nossa garagem sua nojenta – desabafou Rosália -Não era mais seu namorado. Era só mais um homem disponível. Um homem, não, um pênis ambulante, tá?E quer saber? Eu cansei de ser cantada por ele, muito xaveco no meu ouvido e isso, enquanto ainda era seu “namoradinho”.Você não dava conta do recado? Eu dei e foi quando vocês terminaram: eu dei, mesmo!
-Eu sei que deu.Aliás se existe alguma trepadeira entre nós duas é você Marilaine.Nossa, pisa no freio. Aliás só pensei em botar uma trepadeira na frente da nossa casa para você ter companhia.
-Tá bom. Não pode ser um “trepadeiro”?- esculhambou logo a conversa, a atrevida Marilaine (risos, muitos risos).
-Tem uma que é linda,vermelha, intensa, o nome dela é lágrimas de Cristo
-Não Rosália, deixa Cristo fora disso. - Ah, tem outra muito bonita, também é a sete-léguas, de rápido crescimento, dá muitas flores rosa...
-Se cresce rápido ficamos melhor servidas. (risos , mais risos)
-Nossa, Marilaine, são sete- léguas...
- E daí, quem venham as sete, oito,nove....
- Chega depravada, pára com isso.
-Já sei vamos botar a jasmin- estrela é branquinha e cheirosa.
- É lesbica, agora santinha? (novamente , muitos risos).